terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Nascer Com As Caracteristicas Certas Para Liderar.

Ser carismáico é inato, ser prepotente também. Mas só um destes trás sucesso enquanto Lider.
Ouvi ainda ontem, um ex-brilhante futebolista, que fala sempre com o coração na boca, e bem, Diamantino Miranda, a dizer algo muito interessante:
Diz ele que, um grupo de jogadores percebe no primeiro dia, se vale a pena lutar pelo treinador que lhes aparece á frente., e alimenta essa ideia com factores simples: o seu discurso, as suas ideias, a forma como está perante o grupo e depois o tipo de treino que trás, ai "transparece se ele percebe alguma coisa daquilo ou não". 
Ficam aqui expostas as caracteristicas que tem de ter um bom Lider no futebol.
Primeiro, a inteligência/conhecimento em relação ao jogo, ao treino, ao que os jogadores mais gostam de fazer, que é jogar. E em relação a este aspecto não há como camuflar, em qualquer equipa de qualquer escalão, tenhamos os melhores treinadores adjuntos do mundo ou sejemos os melhores falantes do universo futebolistico, somos descredibilizados pela nossa ignorância. O jogador enquanto homem, a célula equipa, ou as microcélulas do grupo dentro da própria equipa, mais cedo ou mais tarde encontram o fim da capacidade do treinador, e a equipa passa a ter a noção de que sozinhos têm mais conhecimento do jogo do que quem os manda fazer. É um final anunciado.
Em segundo lugar,  a forma de estar/ser do treinador. Como dizia Diamantino, a atitude daquele treinador e o que transmite ao grupo, a cada um dos jogadores. Os jogadores, por muito que o treinador se ache acima do mundo deles, eles não deixam de ter um mundo, de ser um mundo próprio, cada plantel, com lideres, com parcelas de amizade, com menores amizades, com homens, ou miudos, que têm cada um uma forma de estar e pensar, mas no seu nucleo, esse mundo que é um plantel, absorve tudo, percebe tudo, e quanto a isso o treinador pode fazer: zero. Pode sim, fazer esse mundo ir atrás das suas ideias, pode não, tem de. Isso vai para além do conhecimento que se tem. Como? É inato. Sabes fazelo... ou achas que sabes e estás completamente enganado.
Não existem formas certas, mas qualquer jogador de qualquer idade te sabe dizer as erradas. Sentir que alguém que acha que nos lidera, nos mente, não nos diz as suas ideias por inteiro ou impõe as suas ideias em vez de nos fazer entender e interiorizar, é á partida a receita certa para um fracasso. Isso em alguns treinadores também é inato, a, como chamo, manipulação negativa.
Manipulação, para qualquer treinador é uma arma, manipulação, mas a positiva. O trazer alguém a nós, não pelas conversas, enormes, e que expremidas não deitam sumo, nem pelos gritos de obrigação perante a equipa (ordens) e muito menos pelo grito para a aproximação da equipa a um objectivo ou o Ter como primeira opção o castigo perante o erro em vez do prémio pelo mérito. Um grupo de jogadores, que no seu seio tem sempre inteligência, vê tudo isto como banha da cobra... o dar isto por não ter mais nada... o vender uma ideia em vez de um produto com objéctivos claros para o presente e futuro da equipa. Fazer a equipa percever que estamos ali para eles, e não, que estamos ali a jogar um Football Manager e tudo o resto faz parte do nosso jogo.
Manipulação positiva é usar as armas que se tem (cada um tem as suas, e uns mais que outros... e também ai se mede o sucesso de cada um) para levar o grupo connosco. Para isso é necessário algo, mais uma vez, inato, carisma. Ser carismático: és, ou não és, e acima de tudo para quem está perto e na equipa, sente ou não sente. Es
se é o factor que mais importa.
Da resposta facil, rapida e sinsera até á ideia ponderada mas com conteudo que entusiasma, esse é o aspecto que mais faz o grupo seguir as ideias do treinador, não é o que ouve, mas sim o que sente.
Sinseridade, honestidade, conhecimento, liberdade para ouvir, capacidade de contornar o conflito em vez de o provocar para mostrar força ao grupo (erro comum, e um dos piores), e a necessidade de, mais do que perceber que cada jogador é unico, perceber que cada cada momento é unico. Fazer (e não dizer, falar, gritar, usar, castigar, inventar) em consciência, o que achamos estar certo, de forma expontanea e verdadeira... nem que seja a maior parvoice que nos vem á cabeça (basta olha para a foto).
Ser prepotente, é inato, e é simples, basta seguir o instinto de usar os outros, o pior erro de todos.
Ser carismático é inato, mas dá trabalho, para além da nossa capacidade de agir em consciência, obriganos a ser inteligentes, e utilizar os atos para os outros estarem por nós em vez das palavras apenas para os outros serem nossos.
Concordo com Diamantino Miranda, há coisas que se consegue ver distância, logo no primeiro dia, mas também há as que se vêm com o tempo. Uma verdade não dá para alterar (assim como nenhuma dará) quer tenhas e utilizes o que é preciso para seres real contigo e com os outros, ou utilizes estrategias que não são mais que mentiras sobre o que és enquanto treinador, não enganas um plantel, eles é que te podem responder na mesma moeda, responder que sim, e nos atos não te respeitarem.
Atitude gera atitude.
Abraço e bom jogo.
Nota: alguns erros ortograficos no que escrevi, algumas distrações. Porque todos erramos.

Escrito por: JCA

terça-feira, 30 de junho de 2015

Quando ter o melhor futebol do torneio não é suficiente



  Após um Europeu Sub-21 brilhante que quase culminou com uma vitória (que seria justa), fica provado uma longa lista de ideias:
1- A Seleção AA de Portugal tem um longo e brilhante futuro pela frente, com jogadores com imensa qualidade em quase todos os setores do campo.
2- Esta Seleção de Sub-21 apresentou melhor futebol em 1 mês que a Seleção AA em 1 ano.
3- Portugal foi, claramente, a equipa que apresentou melhor futebol em todo o Campeonato Europeu. (É de recordar que Portugal acabou o apuramento 100% vitorioso)
4- William Carvalho, Bernardo Silva, João Mário e José Sá estão mais que preparados para representar a equipa principal de Portugal.
5- Bernardo Silva e William Carvalho foram, claramente, os melhores jogadores em toda a competição (e, muito provavelmente, aqueles que mais se valorizaram)
E muitas mais... 

  No entanto, infelizmente, é de se notar e de se evidenciar um fator que me causa um desalento na alma enorme e que me faz duvidar do amor à pátria dos portugueses. O contínuo hábito de se apontar o dedo ao jogador que falhou um passe, rematou para fora ou que, no momento decisivo, vê o seu penalty ser definido e ainda ter a ousadia de dizer: "Só podia ser o Sporting/Porto/Benfica/etc." só demonstra que o nosso adepto de futebol não é português, mas sim do clube que o seu pai o influenciou a ser ou, por alguma obra divina, simpatizou quando era criança. A incapacidade de pôr de parte o clubismo e de apreciar a qualidade de posse de bola de William, a velocidade e a capacidade fenomenal de decisão de Bernardo Silva ou a brilhante temporização de jogo de Sérgio Oliveira é algo que, como português, me repugna e que me causa alguma dor na alma.
  Mas, como é hábito dos portugueses encontrar um culpa em vez de se criar uma solução, este tipo de atitudes acham por se tornar rotina nas conversas de café ou nas redes sociais. Porque, no fim, o que conta mesmo é quem é que, em Maio, se sagra Campeão Nacional  em vez de uns meros miúdos que vestem umas camisolas vermelhas e com as quinas do nosso Portugal, elevando o nosso futebol ao mais alto nível e encantando a Europa e o Mundo. JR



terça-feira, 21 de abril de 2015

Quando uma má defesa joga contra um dos melhores ataques do Mundo

Jogo simplesmente horrível pela formação portista em terras germânicas, onde ficou bem explicito que esta defesa é demasiado "comum" sem Danilo e Alex Sandro. Após uma goleada deste calibre, é possível retirar alguns pontos importantes:

1- Fabiano mostrou que não tem qualidade para desafios deste calibre e é a prova bem viva que o FC Porto precisa de um Guarda-Redes que seja uma mais-valia após a saída de Helton.

2- Marcano não é um central para uma equipa para o Porto e muito menos para jogos deste tipo (posicionamento muito fraco e a constante violência na abordagem dos lances, onde, inclusive, resultou o 6-1 após um livre brilhantemente cobrado por Xabi Alonso, condicionaram a qualidade defensiva do Porto ao longo do jogo)

3- Ricardo Pereira ainda precisa de se adaptar à sua nova posição e não vai ser em jogos deste calibre que a sua adaptação se vai desenvolver com mais rapidez.

4- Maicon é um bom central quando tem um bom "patrão" ao lado. No entanto, não tem capacidade para um inverte de papéis.

Durante a 1ª parte, a defesa portista acumulou erros imperdoáveis que, contra uma equipa com o poderio ofensivo do Bayern de Munique, onde contou com Lewandowski, Götze, Muller, etc., se revelou fatal e a principal explicação deste resultado tão volumoso. O 1º golo é um erro claro de Casemiro, onde este não salta para cortar a bola, e de Maicon, onde permite a antecipação de Thiago. O 2º golo é um erro de organização defensiva clara, onde a falta de um jogador no 1º poste revelou-se crucial, e a prova da falta de qualidade de Fabiano, que podia ter feito muito melhor. Apesar do 3º golo ser uma jogada brilhante por parte da formação bávara, o posicionamento horrível de Maicon permitiu a Lewandowski ter espaço para fazer aquilo que faz melhor: finalizar. O 4º golo não tem grande ciência, um erro tremendo de Fabiano permitiu que um lance aparentemente fácil se torna-se um golo digno de video de humor no Youtube. O 5º golo é um lance fenomenal de Lewandowski, onde fica evidenciado a sua inteligência nas movimentações que um avançado deve fazer, e que acaba com uma finalização digna de um dos melhores avançados da Europa. 

Na 2ª parte, o Bayern abrandou o ritmo e isso permitiu ao Porto crescer ao longo do jogo. Casemiro, que quase jogou a central o jogo todo, cresceu de rendimento e, com a entrada de Ricardo para o lugar de Diego Reyes aos 32 minutos e com a entrada de Ruben Neves para o lugar de Quaresma, o conjunto portista assumiu uma faceta mais ofensiva. O golo de Jackson, que está em posição algo duvidosa, foi uma "pequena recompensa" para aquele que é um dos melhores avançados da Europa e que encaixa em qualquer equipa. O 6º golo (que provém de uma entrada duríssima de Marcano sobre Thiago, que resultou da expulsão do espanhol, deixando o Porto reduzido a 10 elementos) é uma execução soberba de Xabi Alonso e é um hino aos lances de livre directo.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Escola dos Treinadores

Longe vão os tempos onde a "cantera" portista produziu e forneceu valioso jogadores aos principais clubes europeus e, principalmente, a Selecção Nacional. Exemplos como Ricardo Carvalho, Vítor Baía, João Pinto etc., fazem parte de um leque restrito que conseguiram alcançar a glória a representar o seu clube de formação e as cores de Portugal. 
Mas, nos últimos anos, a história tem tido contornos diferentes e com personagens de origens além-mar. Os olhares desviaram-se do centro de treinos e das camadas jovens e centraram-se em terras sul-americanas, onde o potencial é enorme e a linguagem não é barreira. Toda esta estratégia e abordagem levam jogadores como James, Hulk, Álvaro Pereira, Falcão, Fernando e, mais recentemente, Danilo como estandarte para atrair jovens promessas ao mundo do futebol europeu, com juras de alcançar uma carreira nos principais clubes Europeus. Esta abordagem também começou a ter força a nível interno, onde jogadores que desesperam por uma oportunidade são aliciados pelo poderio económico do clube das Antas.
No entanto, toda esta brilhante visão de mercado não está só restrita a jogadores; O FC Porto aliou a sua "rampa de lançamento" de jogadores a um mostruário de jovens treinadores que ambicionam revolucionar o futebol com as sua ideias inovadoras e abordagens de jogo nunca antes vistas. José Mourinho, André Vilas-Boas, Artur Jorge e, mais recentemente, Julen Lopetegui são o culminar dessa máquina perfeitamente oleada que fizera, e ainda fazem, as delicias de comentadores, analistas e principalmente, adeptos afincos do clube da Cidade Invicta; Quase todos eles têm um amor incondicional ao seu passado azul e branco e quase todos cativaram e ficaram na memória do clube, onde os títulos de Campeão Nacional e, no caso de José Mourinho, André Vilas-Boas e Artur Jorge, os títulos Europeus servem de pretexto para que os seus nomes sejam relacionados a histórias equivalentes a epopeias que perdurarão ao longo das gerações seguintes da família portista e que ficarão para sempre eternizados no Museu do clube. 
É certo que dizer que Julen Lopetegui está ao mesmo nível destes históricos treinadores é ser demasiado inocente  mas potencial é algo que a este treinador espanhol, adepto afinco e fervoroso do estilo de jogo catalão eternizado por "tiki-taka", não falta e este presente sorridente poderá passar a fazer parte de um dos episódios mais bonitos do futebol português e, apesar de ainda estar tudo dependente da 2ª mão com o Bayern de Munique e das contas finais do Campeonato, este "Toureiro das Antas", pode ser o próximo herói eternizado nas páginas da História Gloriosa do FC Porto.



quinta-feira, 16 de abril de 2015

Bem Vindos!


Bem vindos! =D

Este é o meu novo projeto e que dedico ao único jogo que mexe com as emoções mais primitivas do Homem: o Futebol!

O único desporto do mundo que tem a capacidade de criar amizades, movimentar paixões e elevar qualquer atleta ao Olimpo e, talvez, fazer escrever a sua história no mundo do Desporto.
Espero que gostem!